quinta-feira, 10 de junho de 2010

Sou eu.


Sentado nesta cadeira , em frente a um monitor, é somente um trabalho, não sou eu.
Olho à volta, oiço conversas, vidas que nada me dizem, não sou eu.
Vejo a televisão cheia de sonhos, vidas que desejam ter, modelos, mentiras, não sou eu.
Olho para a janela, uma cidade parada, poluida, antiga, velha, estragada, que me serve de telhado, porém, não sou eu.
Penso em tudo o que tenho vivido, em todas as experiências que pude ter, todas a s vezes que ousei investir no desconhecido. Repenso as decisões que tomei, as posturas que adoptei, os erros que cometi. Posso com orgulho dizer Sou eu.
Fiel a mim mesmo, a tudo o que acredito, a tudo o que quero ser, pois apesar de tudo, sou eu.
Na minha essência, no meu respirar, neste mundo que não é o meu e de onde não posso pertencer, pois nada faz sentido.

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