sexta-feira, 28 de maio de 2010

Sinto-me curioso..

Curioso o quão diferentes são os significados de honestidade, sinceridade entre nós.
Curioso como eu não consigo mentir só para me fazer maior.
Curioso como descubro cada mentira que me rodeia a cada dia que passa.
Curioso como eu não consigo fingir que está tudo bem se não está.
Curioso como eu não tenho medo de ouvir o que têm para me dizer mesmo que eu não goste.
Curioso como eu não consigo ficar calado, como te tenho de dizer o que penso, mesmo sabendo que não vais gostar.
Curioso como agradeço a honestidade de quem o é comigo, mesmo que com ela me magoem momentaneamente.
Curioso como a dor é sempre menor do que o esconder de palavras.
Curioso como prefiro a verdade do que pensas, do que queres, de quem és.
Curioso como sorrio e fico a pensar em tanta gente de quem gosto e que já levaram com o que penso, não gostaram e continuam presentes.
Será pela minha honestidade? Será por não esconder a verdade em troca de sorrisos queridos e palavras de aprovação que nada são para lá de vazias tentativas em ser uma mentira de que todos têm de gostar?
Não sei..
Mas é curioso como estou agradecido por todas as verdades que me dizem e por todas as mentiras que descubro. Deixam-me mais próximo da realidade.
Obrigado por toda a verdade dita e escondida.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Jogo que não posso ganhar..

Brincamos à mesma brincadeira
Tu e eu e nada dizes, nada..
Porque sabes que vais ganhar
Pois nada tens a perder
Porque para ti sou nada
E eu tudo tenho a perder
Porque para mim te tornaste tudo..
Porém estou habituado a perder e,
Tudo és um sonho com que em nenhum
Dia acreditarei viver.
Vou procurar então apenas um pouco
De tudo para empatar um jogo
Que não posso ganhar..

sábado, 22 de maio de 2010

Anedotas..

Espreitas a tua vida como se de uma novela se tratasse. Só actores duma vida marada.
Estrelas afagadas por um brilho que não lhes sai.
Caidas pela tentação, pela luxúria, por tudo o que não é substancia.
Astros que reflectem a luz do que poderiam ser, do que, enquanto inocentes conseguiram ser. Personagens embriagadas em toda a malevolência que esta terra tem para te dar.
Dizem-se viver, saber o que escolhem, terem sinceridade, coração.
Anedotas vivas que de tanta cegueira não conseguem perceber o quão putrefacto é o seu estado, caminham por um trilho em que nada nem ninguém lhes é mais importante..

terça-feira, 18 de maio de 2010

Perco-te no decorrer do tempo..

Perco-te no decorrer do tempo, indagando o porquê de tal, de como te afastas, de como me afastas.
Nós não somos nada, somos tudo, silenciados por palavras que não falamos, sentimentos que não aceitamos, olhares que não compreendemos.
Somos tudo, felizes na tentativa de por breves momentos fugirmos de tudo, miseráveis quando por muito que queiramos, responsabilidades, como que correntes do mais pesado metal, se entrelaçam à nossa volta, prendendo-nos a tudo o que queremos largar.
Queria tanto ser-te tudo, ser o mundo para onde navegasses, no entanto sinto-me só mais uma pedra, que nem por palavras te atinge, ou finges não atingir..

Respiro palavras..

Não percebes se estas errado, se devias estar calado, quer dizer, calado já tu andas, amordaçado por não  ouvir, acabas por te agarrar ao papel, à caneta, pois só assim consegues dizer parte do que queres e sempre conm certeza da resposta que há-de vir. Falas para o papel, desabafas ideais, pensamentos, sonhos, desilusões, dores, alegrias.
Um desabar de tudo o que és. Vês a cada dia, a cada noite, mais um obstáculo, ainda assim os que já estão não fossem suficientes.
Tento mostrar a importância que te dou, tudo o que és para mim.
Sinto nada ser para ti..

terça-feira, 11 de maio de 2010

Frio..

Sentado nesta cadeira, dura, fria
Entre quatro paredes, sem cor, frias
A ouvir palavras robóticas, frias
Rodeado de pessoas que na vida me são vazias, frias
Sinto o calor dissipar pois estou quente
Os olhos tendem a fechar, tão quente
Os pensamentos fluem, esperanças, forças, quentes
Agarro o escrever, sem nexo, questões, quentes
Encontro o vácuo que me deixas, gelado
Num fogo sem chama que queima de tão gelado
A rocha em que me tornas, de tão quente, gelo e torno-me frio..

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Amizade..

A amizade é uma coisa linda, é verdade, é vontade de mostrar constantemente que estás presente, é vontade de partilhar a felicidade, é morrer por dentro se vir que não estás bem, partilhar dores, alegrias..
É fazeres parte de outras vidas e elas de ti, é quereres ajudar, apoiar, fazer algo mais, mesmo que nada seja preciso.
É ser algo tão grande que nem por palavras te consigo agradecer a tua existência na minha existência.
A amizade é uma coisa linda, é verdade..
E tu, tens a minha.

Porque..

Altero-te para nada mais ter de dizer..
Somente obrigado.

terça-feira, 4 de maio de 2010

És fruto da tua vontade..


És fruto da tua vontade
Da coragem que tens em combater o animal que há em ti.
Dos valores que te foram ensinados
Da coragem que tens em combater os que são errados para ti.
Da verdade que vês com os teus olhos
Da coragem que tens em combater a cegueira que teima em se apoderar de ti.
És fruto das tuas palavras
Da coragem que tens em combater, em ser as que saem de ti.
És fruto verde, maduro, que não quer apodrecer
Da coragem que tens em combater tudo o que está errado e não quer saber de ti.
És fruto da tua consciência, de como vives com ela, de como lhe és fiel.
Do respeito que tens por quem te quer, quem se preocupa, quem tambem é fruto, que com as tuas palavras e os teus actos podes ajudar a crescer na árvore da vida.
Em suma, és fruto da coragem que tens em ser tu, num mundo que não gira à tua volta..

domingo, 2 de maio de 2010

Existem alturas assim..

(Palavras que saem hoje..)
Existem alturas assim.. Em que nada te sentes, em que estás mal, em que não percebes o que fazes aqui, alturas em que simplesmente te esgotam, a vontade de falar, de sorrir..
Alturas em que lutas para não reagir (algo que vai contra ti desde sempre..) para não decepcionares, para manteres sorrisos à tua volta por muito que não queiras sorrir. Alturas em que ignoras, finges não estar esventrado, a esvair-te em sangue que não se vê. Alturas em que precisas de alguem e só te viram as costas, em que completamente perdido, não passas de uma sombra de ti, uma encenação esgotante..
Fechas os olhos, baixas a cabeça e deixas-te ir pelo som da música, sem parar, sem pensar, só a musica..
És arrastado pela multidão, acorrentado no fundo por correntes de ausência de palavras, de nem o seu sorriso, quando é dado a todos os que te rodeiam.
Existem alturas assim.. Em que nada faz sentido.
Chamam-te, fórças um sorriso (com alguma dor nos musculos que não querem mentir) e lá vais, preparas para ouvir mais um lamento que te faça lembrar que não só tu mas tambem o mundo se encontra triste. Dás por ti a ouvir o que menos esperavas, a ganhar consciência que quando precisaste e não poderam estar a teu lado, mesmo que em silêncio tambem se esvairam em sangue, que a tua dor foi a sua dor. Choras, não por tristeza, não por desabafo, mas sim por alegria, felicidade! Sorris, sem dor, somente gratidão, afinal por este momento vale a pena e assim continuas o resto desta noite. Grato, feliz, verdadeiramente a sorrir, sem sequer pensares no que há-de vir..
Existem alturas assim e agradeço-te por me dares uma..
Obrigado.

Não entendes ou não queres entender

Não entendes ou não queres entender
Canso-me de o dizer, de tão simples torna-se dificil de explicar.
Escrevo para ti, para mim, para todos os que me querem ler.
Escrevo como sendo esse o único modo de me defender, de conseguir tirar tudo o que não consegue ser dito, enrolo expressões, troco palavras, escrevo tudo o que é e o que não é..
Em busca de ficar vazio, sem mais nada para dizer, para pensar, procura de simplesmente viver.
Um segundo, dois segundos, não! Não dá, tudo acontece à minha volta, seja certo seja errado mas acontece e volto a pensar, a ter o que dizer, a não sairem as palavras que, duras, cruas, nuas de realidade, podem ferir.
É assim tão tão dificil ouvirmos as verdades de cada um? Mesmo que não sejam a nossa verdade, que não concordemos. Não seria melhor ouvir e dizer que não concordamos, não seria melhor ouvir e dizer que não? Sem feridas ou afastamentos?
É. E, por isso, escrevo. Para ti, para mim, para todos os que me querem ler.
Escrevo verdades, mentiras, sonhos, pesadelos, tudo o que o papel me deixa escrever.
Entendes?

(Palavras que foram escritas mais cedo e só agora as levei do papel.. )