terça-feira, 27 de abril de 2010

Detesto..

Detesto sentir-me assim..
Não consigo estar, não consigo pensar,
Dia inteiro na tentativa de me concentrar
Está calor, estou impaciente..
Cada minuto que passa torna-se uma tortura
Detesto sentir-me ignorado, insignificante..
Que na ausência da necessidade me torne inexistente.
Detesto o egoismo, a indiferença com que se vira costas à necessidade alheia, a incapacidade para partilhar, para dares um pouco mais, mesmo que pouco ou nada recebas.
Detesto o materialismo, o fisico, as palavras repletas de sentimento, lealdade, amor, honestidade, perfeição, assim como os pequenos gestos cheios das mesmas palavras que, num simples pestanejar se tornam vazias. Apagadas pelo carnal, por um suposto prazer que as palavras, os gestos, tinham dito ser mais do que isso.
Detesto esta capacidade que existe à minha volta e não consigo compreender, em que tudo o que é errado se torna certo e o certo se dissipa em ideáis. Em que a merda de uma queca parece valer mais que o sorriso sincero de quem é importante, tornando-se o centro de viver de quem me rodeia.
Acima de tudo, detesto quando racionalizas esta merda como se, de algum modo, eu esteja errado e tu não.
Dá-me nojo.

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