terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Respiração do mais leve bater da alma..



Mesmo nos momentos mais dispersivos em que és obrigado a raciocinar. De algum modo, jeito ou maneira que não te cabe na razão, a sua imagem vem ao tono.
Desequilibras-te imediatamente, perdendo até a mais infima noção do que estarias a fazer, procuras a sua presença, indagas a sua ausencia e, como carne que é rasgada, começas a sentir a dor de não se terem, a tua alma, a sua alma, a sua alma, a tua alma. Sensação de solidão, desespero, que obrigas a calar com a esperança de que, no romper de segundos, uma porta, janela, buraco, não sei! Não interessa!
O que queres é a sua presença..
Mas não vem, não aparece, perguntas-te, será isto que tu mereces?
Se é, é injusto, cruel, qualquer coisa de tanto mal tu fizeste? Perdes a vontade.
Mas não mereces, nem tu, nem eu, nem ninguém, sentires a ânsia da necessidade da sua alma, do seu olhar, do seu respirar, do seu sorrir, não a podes colmatar.
Quase sentes as lágrimas, não tivesses tu aprendido a proibires-te de chorar, pois é isso que o mundo quer de ti, lágrimas de choro ensanguentado de dor de não poderes amar livremente. Lágrimas de choro ensanguentado de dor audaciosamente drenadas de modo a estancar este fluir de pensamentos, sentires e, mais uma vez, viras a pagina e continuas...
A olhar as horas..

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